Carlos Alberto Lopes

quinta-feira, junho 28

O BAÚ DE SEU PADRE

A igreja matriz da pequena cidadezinha estava lotada, pois o vigário pedira a presença da comunidade na missa das dez daquele domingo, e a religiosidade do povo se fez presente, principalmente dos paroquianos mais humildes.
Na comunhão, padre falou aos fiéis sobre o sacrifício do cristo e da essência do significado do ato da comunhão, que era o simbolizo da união dos homens com a fé do cristo.
Da Omelia, entretanto, pouco falou o vigário sobre religião, pois o assunto era reforma da matriz, que estava com o telhado quase despencando.
Pediu o padre ajuda a seus fiéis e logo depois foi feita a coleta dos donativos
Ao meio da coleta, entretanto, forte chuva teve inicio na cidade, com um vento que chegava a doer.
Quando a chuva cessou, e o vento se tornou apenas uma brisa suave, a missa já havia terminado.
Meia hora depois ,o padre recolhia-as à sacristia, após despedir-se dos fiéis à porta da igreja.
Sob à mesa, encontrou ele um pequeno baú, contendo dobrões de ouro.
Junto ao baú ,uma carta:
_“Use este ouro para construir uma igreja nova, ou reformar esta. não peça a quem não tem nada para dar. Espere o poder divino, pois ele tarda, mas não falha”
A carta não trazia assinatura.
O baú trazia, na tampa, gravado a fogo, à marca do cristianismo.
Em cada dobrão de ouro, gravado estava o peixe, como no baú.
O padre, assustado comunicou o fato ao bispo, e este relatou o fato a Roma .
A igreja foi reformada, e o baú, guardado no cofre da Sacristia.
O baú continha cento e oitenta dobrões de ouro.O interessante e que lá ainda estão os cento e oitenta dobrões de ouro, pois embora o padre os tenha vendido para a reforma da igreja, dois dias depois eles apareceram no baú, sem ninguém os recolocarem lá, pois estavam no cofre da sacristia.
Coisas da Fé, presume-se...

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